terça-feira, 27 de março de 2012

O teste da orelhinha

As falhas auditivas atingem de três a cinco bebês brasileiros em cada mil nascimentos. Mas escute: cerca de 75% delas são detectáveis ainda no berçário e quase todos os casos podem ser solucionados ou, ao menos, amenizados se acompanhados antes de a criança completar 1 ano. O famoso teste da orelhinha — também conhecido por triagem auditiva neonatal — não demonstra o grau de deficiência auditiva, mas acusa se a função do ouvido está normal ou não. A avaliação, que demora entre cinco e dez minutos, é feita com um aparelho que emite ondas acústicas. "Elas ativam áreas do ouvido que, se estiverem normais, produzirão por sua vez emissões otoacústicas — sons da atividade de células da cóclea", explica Tatiani Aparecida Rossini, fonoaudióloga da Clínica Médica Biguaçu. O exame não tem contra-indicação, não dói nem sequer causa incômodo. Quando a criança chega à idade pré-escolar é bom repetir o teste, por segurança, lembrando que por trás de dificuldades de aprendizado pode existir uma audição que se tornou problemática depois de sucessivas otites ou até mesmo por acidentes domésticos — por exemplo, quando mãozinhas inocentes enfiam objetos nas orelhas. A fonoaudióloga ainda lembra que um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. “O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de ser erguido pelo doutor em sua apresentação ao mundo” – ressalta Tatiani. Isso acontece a partir do quinto mês de gestação, onde o bebê ouve os sons do corpo da mamãe e sua voz. É através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem. O grande problema é que a maioria dos diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança está seriamente comprometido. Bom, depois dessas informações fica mais fácil saber a importância do Teste da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal, que é realizado já no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. “Ao contrário do nome parecido com o teste do pezinho, no Teste da Orelhinha não é preciso fazer um furinho na orelha do bebê”- finaliza Tatiani. Para que isso não aconteça, procure o pediatra, um médico otorrinolaringologista ou uma fonoaudióloga quando houver alguma suspeita de perda auditiva no seu filho. Contato: Clínica Médica Biguaçu (48)32433232.
O teste é obrigatório por lei?
Sim, desde o dia 2 de agosto de 2010 o exame é obrigatório e gratuito.

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