sexta-feira, 27 de abril de 2012

CUIDADOS COM A AUDIÇÃO!


             A fonoaudióloga Tatiani Rossini CRFa./SC 8937  que atua com fonoaudiologia clínica e educacional, afirma que nas grandes cidades todos convivem regularmente com a poluição sonora dos carros, buzinas e obras, sem se darem conta de que este contato pode contribuir para uma série de distúrbios no organismo. A exposição prolongada aos ruídos  excessivos pode trazer problemas graves, tais como insônia, distúrbios cardiovasculares, irritabilidade, perda de concentração e estresse.


         Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em um bairro residencial, o indice máximo de ruído aceitável é de 55 decibéis (dB), durante o dia, e de 50 dB à noite. Para se ter uma idéia, a intensidade da fala humana vai de 50dB a 65dB, existindo variações de pico que podem ir 30 decibéis acima ou abaixo disso. A intensidade acima de 80 dB (muito frequente nos centros urbanos) poderia ser considerada um som ensurdecedor. A potência dos equipamentos de som e dos instrumentos musicais aumentou com a evolução tecnológica. Ruídos com intensidade maior do que a permitida são ouvidos em casas noturnas ou na utilização de aparelhos musicais como ipods e walkmans. O hábito de frequentar as “baladas”, mesmo que esporadicamente, também pode trazer lesões auditivas. A musica chega a ser ensurdecedora, não permitindo, muitas vezes, a conversa entre pessoas. O barulho nestes locais vai a 122dB, ultrapassando os limites de risco para audição – alerta a fonoaudióloga. Já os usuários de walkmans e ipods têm o costume de aumentar o volume do som para encobrir sons externos como a conversação ou ruídos de trânsito, em um nível entre 70 e 100dB. Essa ação repetitiva  e prolongada pode levar a prejuízos para o ouvido interno. Afastar-se  de fontes de barulho excessivo são medidas para a proteção contra perda da percepção dos sons.
         Muitas vezes as pessoas só percebem que perderam a audição quando o quadro é irreversível e o problema já não pode ser mais tratado com medicamentos. O uso de protetores auriculares serve como bloqueio para os sons mais altos. Eles podem ser utilizados dentro de boates, para evitar  a sensação de surdez que costumamos sentir no dia seguinte às festas – finaliza Tatiani.

            E importante que tenhamos alguns cuidados com a nossa audição para prevenir o aparecimento de uma perda auditiva. Dentre eles podemos citar:

ü  Evitar a ingestão de medicamentos sem orientação médica;
ü  Proteger os ouvidos com o auxílio de fones ou tampões em ambientes ruidosos;
ü   Não inserir nenhum tipo de objeto dentro dos ouvidos, nem para limpar nem para coçar os ouvidos, pois você pode perfurar o tímpano;
ü  Mulheres que pretendem ter filhos, devem buscar orientações junto aos seus médicos sobre a vacina contra a rubéola;


Procure um fonoaudiólogo para receber orientação quanto ao tratamento mais adequado ao seu caso.

Como estimular uma criança a estudar quando tem preguiça?


Conforme a fonoaudióloga Tatiani Rossini, da Clínica Médica Biguaçu, a família ocupa um lugar muito importante no desempenho escolar de uma criança. A criança dá importância ao que a família dá importância. Por isso, acompanhá-la desde o primeiro dia de aula, com amor, paciência e determinação é fundamental. Deve ser incentivada também pela escola para poder se comprometer com seus estudos em casa. Esse hábito precisa ser construído, direcionado para algo que não seja apenas prestação de contas. A profissional orienta o seguinte: converse, estabeleça os horários e os lugares onde ela vai estudar - é sempre bom ter um cantinho designado somente para o estudo (e não deve ser na cama). Caprichar na organização da mochila, conferir agenda deve ser um trabalho diário e em equipe. Em épocas de estudo e de provas, por exemplo, evite marcar festas, passeios e viagens para não tirar a criança muito da rotina. Torça pelo seu filho como se fosse um atleta olímpico. Prepare-o para a medalha de ouro, mas lembrando que o importante é participar. Vibre com os trabalhos, as pesquisas e as provas. O tempo passa muito depressa e logo o seu campeão ou campeã estará exibindo medalhas de ouro no jogo da vida – conclui a terapeuta.

Como ocorre o processo de aprendizagem?

“Aprender significa empreender a construção do sentido de sua existência” refere à fonoaudióloga Tatiani Rossini da Clinica Médica Biguaçu adicionando que isto (aprender) é um processo continuo, ou seja, não pontual. A fonoaudióloga lembra o seguinte: desde a gestação, a criança entra em contato com o universo que é o útero as sua mãe e, nesse primórdio de relação com os barulhos, com as emoções, com os movimentos intra-uterinos, já começa a configurar a sua visão de mundo. Ao nascer, esse processo continua. Entre o nascimento e os seis anos, acontece um fenômeno importantíssimo para a criança: a aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral. A comunicação se expande, agora, através das palavras. Os pais podem e devem participar dessa expansão, lendo para seus filhos, desde bebês, conversando com eles, perguntando para os mais velhos sobre suas curiosidades, sejam elas quais forem. Não tenha medo de errar - finaliza a profissional!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

25 de abril - Dia Internacional de Conscientização Sobre o Ruído!

O objetivo da campanha é conscientizar a população brasileira sobre o ruído e seus efeitos. Isso inclui conscientização sobre os efeitos do ruído na saúde, na qualidade de vida, no meio ambiente, bem como a conscientização sobre a responsabilidade de cada um em reduzir o ruído gerado pelas atividades diárias.
O impacto do ruído na audição, saúde e qualidade de vida não pode ser questionado. Inúmeras peças da literatura técnica mostram em todo o mundo os perigos para a audição causados pela exposição repetida ao ruído. Numerosos estudos mostram que o ruído, junto com outros agentes causadores de stress, está relacionado com mudanças físicas e psicológicas negativas nos seres humanos. Os indivíduos e as comunidades não mais aceitam o ruído como um efeito colateral da sociedade industrializada.
A entidade oficial que promove o evento mundialmente é a League for the Hard of Hearing. A data do evento é determinada cada ano sendo sempre na terceira ou quarta quarta-feira do mês de abril, considerando festividades religiosas e a data da convenção anual da Academia Americana de Audiologia (American Academy of Audiology).
No Brasil conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Acústica (SOBRAC), da Academia Brasileira de Audiologia (ABA), e do Conselho Regional de Fonoaudiologia, 2ª Região (CRFa), este grupo se organizou para as atividades em 2008, primeiro ano realizado no Brasil e voltou a se organizar para dar continuidade nas atividades em prol da saúde auditiva.
Junte-se a essa iniciativa e divulgue o Dia Internacional da Conscientização Sobre o Ruído.
Pare com esse barulho!

Acesse: www.inadbrasil.org

terça-feira, 24 de abril de 2012

Blog da Fono/: APRENDA EXERCÍCIOS PARA RONCOS E APNÉIAS

Blog da Fono/: APRENDA EXERCÍCIOS PARA RONCOS E APNÉIAS

A respiração oral pode influenciar na disciplina e desempenho escolar das crianças!

Alguns educadores e pais já perceberam que certas crianças desatentas e agitadas têm um desempenho escolar prejudicado e isso pode estar relacionado com o tipo e modo de respirar. As causas de respirar pela boca podem ser decorrentes de amígdalas e adenóide aumentadas, alergias entre outros fatores. Existem evidências, apresentadas em pesquisas cientificas, de que crianças respiradoras orais, em sua maioria meninos, apresentam potencialmente mais problemas cognitivos e de comportamento do que as outras. Há relação entre a respiração oral e distúrbios de atenção, hiperatividade, enurese, comportamento agressivo e anti-social, refere a fonoaudióloga. Na fase da alfabetização a criança já passou pela fase inicial de socialização e aquela dificuldade de relacionamento e agitação pertinentes a idade deveria estar sendo superada. “O que se nota no respirador oral é uma dificuldade em manter a atenção e controlar-se, além de um ritmo mais lento na aquisição da leitura e escrita” refere à especialista.  Não apenas a auto-estima da criança, mas sua segurança perante o aprender está em jogo. Como os problemas respiratórios são comuns nesta idade, este prejuízo pode marcar a criança como uma incapacidade de aquisição e não apenas como uma dificuldade transitória que mediante tratamento e orientação pode ser ultrapassada. “Alguns adolescentes que apresentaram problemas respiratórios ao longo da infância continuam sendo rotulados como alunos preguiçosos, agitados e desatentos durante toda sua vida escolar. Talvez este seja um fardo muito grande de ser carregado por causa do desconhecimento dos pais e professores” afirma à profissional.


Vamos entender!

. O nariz é o órgão pelo qual se inicia a respiração, processo vital para os seres vivos. A respiração normal é composta de 2 etapas:

  inspiração: o ar entra no organismo pelo nariz e caminha sucessivamente pela faringe, laringe, traquéia e brônquios até os alvéolos pulmonares;

*expiração: o ar que vem dos pulmões sai pelo nariz, já pobre em oxigênio e rico em gás carbônico




  “Quando o nariz é, total ou parcialmente, substituído pela boca na atividade respiratória, o resultado é uma doença denominada Síndrome da Respiração Bucal ou Síndrome da Insuficiência Respiratória Nasal, que pode ser grave e deixar seqüelas para o resto da vida do paciente” diz Tatiani, fonoaudióloga que trabalha com a reabilitação de respiração. A mesma adiciona que “respirando pela boca o tórax não se expande completamente, falta ar para ocupar todo o espaço pulmonar e diminui a quantidade de oxigênio fornecida ao organismo.  Segue abaixo algumas características de respirador oral:

1)      Apresenta face alongada, caracterizada pelo aumento da altura da metade inferior do esqueleto dentofacial;
2)      Apresenta olheiras devido à diminuição da drenagem linfática;
3)      Possui as asas do nariz hipodesenvolvidas;
4)      Apresenta mau hálito;
5)      À noite, seu sono é agitado, baba e ronca;
6)      É sonolento, apresenta, muitas vezes, déficit de atenção, concentração e dificuldade de aprendizagem devido à falta de oxigenação no cérebro;
7)      Apresenta rendimento físico diminuído;
8)      É inapetente, porque o ato de se alimentar gera esforço e cansaço;
9)      Prefere líquidos e pastosos, porque não requerem trabalho mastigatório;
10)  Na criança, a respiração oral reduz o estímulo de crescimento do terço médio da face, levando à formação de palato em ogiva, hipodesenvolvimento lateral da arcada dentária superior, com consequente aumento ântero-posterior da mesma e protrusão dos dentes;
11)  Apresenta postura corporal incorreta;


  Todos os envolvidos muitas vezes sub-valorizam este problema respiratório e procuram ajuda quando as dificuldades de aprendizagem já estão em fase mais adiantada e o aluno já não acredita na sua capacidade de aprendizado e controle. Dessa forma, é de grande importância a orientação e o conhecimento dos professores e outros profissionais da educação sobre a relação da respiração oral, roncos, distúrbios respiratórios do sono e o desempenho escolar, para que possam reconhecer as crianças e orientar os pais na busca de um tratamento específico, contribuindo para uma melhora da evolução do aprendizado das crianças. O diagnóstico acertado e o tratamento precoce podem auxiliar muito na segurança que este aluno vai apresentar diante de todos os aprendizados futuros, podendo gerar a reversão das dificuldades e da indisciplina. Portanto, a observação familiar e da escola, além do tratamento adequado são fundamentais para a solução deste problema, finaliza Tatiani.
  
Tratamento: Existem várias formas de tratamento para reabilitação da respiração. Procure um fonoaudiólogo para receber orientação quanto ao tratamento mais adequado ao seu caso.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

TESTE: Você cuida da sua voz?

 

 Faça o teste e confira se você toma os devidos cuidados com suas cordas vocais
A fonoaudióloga Tatiani Aparecida Rossini que atua com Aperfeiçoamento da Voz  e Oratória Reabilitação da Voz e Respiração, afirma que todos os indivíduos devem se preocupar com a saúde de suas vozes, principalmente aqueles que utilizam a voz como instrumento de trabalho, como os cantores, atores, padres, radialistas, leiloeiro, jornaleiro, advogados, empresários  e tele operadores.


Como perceber um problema de voz?

Segundo a fonoaudióloga o aparecimento de rouquidão, cansaço vocal, perda da voz, dor ou sensação estranha na garganta ao engolir, garganta seca, saliva grossa, pigarro, ardência e falta de ar são sinais que há algo errado na produção da voz. Podem ser sinais de patologias que acometem a laringe, podendo estar relacionadas ao mau uso e/ou abuso vocal. A consulta com um médico otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo é necessária caso os sintomas persistam por mais de 15 dias.
Veja como o teste abaixo pode ajudar a identificar quem sofre desses problemas:
Assinale os itens que representam respostas positivas para você e marque a pontuação segundo a dados abaixo:

Raramente ocorre = 1
Ocorre ás vezes = 2
Ocorre muitas vezes = 3
Ocorre sempre = 4
 ( ) fala em grande intensidade (voz forte)
( ) fala durante muito tempo
( ) fala agudo demais (muito fino)
( ) fala grave demais (muito grosso)
( ) fala sussurrado
( ) fala com os dentes travados
( ) fala com esforço
( ) fala sem respirar
( ) fala enquanto inspira o ar
( ) fala rápido demais
( ) fala junto com os outros
( ) usa o ar até o final
( ) fala durante muito tempo sem se hidratar
( ) fala sem descansar
( ) articula exageradamente as palavras
( ) fala muito ao telefone
( ) fala muito ao ar livre
( ) fa
la muito no carro, ônibus
( ) pigarreia constantemente
( ) tosse demais
( ) ri demais
( ) chora demais
( ) grita demais
( ) trabalha em ambiente ruidoso
( ) vive em ambiente familiar ruidoso
( ) vive com pessoas com problemas de audição
( ) mantém rádio, som ou tv ligados enquanto fala
( ) imita vozes dos outros
( ) imita vários sons
( ) usa a voz em posturas corporais inadequados
( ) pratica esportes que usam a voz
( ) frequenta competições esportivas
( ) participa de grupos religiosos com grande uso de voz
( ) tem alergias
( ) usa a voz normalmente quando resfriado
( ) toma pouca água
( ) permanece em ambiente com ar condicionado
( ) vive em cidade de clima muito seco
( ) vive em cidade com ar muito poluído
( ) permanece em ambiente empoeirado, com mofo ou pouca ventilação
( ) expõe-se a mudanças bruscas de temperatura
( ) toma bebidas geladas constantemente
( ) toma café ou chá em excesso
( ) come alimentos gordurosos ou excessivamente condimentados
( ) come alimentos achocolatados em excesso
( ) fuma
( ) vive em ambiente de fumantes
( ) toma bebidas alcóolicas destiladas
( ) usa drogas
( ) faz automedicação quando tem problemas de voz
( ) dorme pouco
( ) canta demais
( ) canta fora de sua extensão vocal
( ) canta em várias vozes
( ) usa roupas apertadas no pescoço, tórax ou cintura
( ) apresenta azia
( ) apresenta má digestão
( ) tem refluxo gastroesofágico
( ) tem vida social intensa
( ) tem estresse

SOME SEUS PONTOS: ____________
RESULTADO:
CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO VOCAL

TIPO 1. Até 15 pontos – O comportamento vocal
Você não tem propensão para desenvolver um problema de voz. Parabéns, pois você respeita os limites do organismo! Siga assim e estará contribuindo para a sua longevidade vocal. Contudo, se apesar dessa classificação você estiver apresentando um problema de voz, tal como voz rouca ou esforço para falar, consulte rapidamente um especialista, pois provavelmente trata-se de um quadro orgânico, ou seja, independente do comportamento vocal, e necessita de uma avaliação detalhada.


TIPO 2. De 16 a 30 pontos – O candidato a problemas de voz
Você tem tendência para desenvolver um problema de voz, e talvez, já apresente alguns sinais e sintomas de alteração vocal – a chamada disfonia. Você está em um situação onde um acontecimento estressante adicional ou um simples aumento do uso da voz na atividade profissional podem levá-lo a um sério risco vocal. Você precisa ser avaliado por um especialista! Procure verificar em seu ambiente de trabalho, familiar e social quais as modificações que podem ser introduzidas para reunir melhores condições de comunicação. Conscientize-se da importância de sua voz e reduza a prática dos comportamentos negativos.

TIPO 3. De 31 a 50 pontos – O risco sério
Você tem se arriscado demais e pode vir a perder um dos maiores bens que possui – sua voz! Talvez você já apresente uma disfonia e já tenha recorrido a um especialista. Siga corretamente a orientação e o tratamento indicado. Procure refletir sobre o modo como você se comunica com as pessoas, em diferentes situações, caracterizando os principais focos de tensão e estresse de seu dia-a-dia, procurando reunir condições para reverter esse quadro. Pense o quanto sua vida irá se tornar difícil se você tiver de viver com uma limitação vocal definitiva. Reaja!

TIPO 4. Acima de 51 pontos – O campeão de abusos vocais
De duas uma: ou você sofre de um problema de voz crônico ou apresenta um resistência vocal excepcional, acima do normal! Se você tem um problema de voz, sabe o quanto esta situação interfere negativamente em sua vida e como este fato representa uma sobrecarga adicional em casa e no trabalho. Conscientize-se da necessidade imediata de desenvolver comportamentos vocais adequados e saudáveis. Melhore seu ambiente de comunicação! Se você ainda não consultou um especialista, é melhor não adiar. Busque orientação! Por outro lado, se apesar dessa quantidade de desvios no uso da voz ela ainda se apresenta saudável, você pertence a esse raro tipo de indivíduo com resistência vocal a toda prova. Contudo, cuide-se, pois a voz não é eterna e os limites do organismo mudam constantemente com a idade e com as condições gerais de saúde. Além disso, seu comportamento vocal pode estar sendo invasivo para seus interlocutores, representando também um modelo vocal inadequado, principalmente para as crianças. Que tal mudar?
Em geral a rouquidão resulta de um pólipo, que é um inchaço nas cordas vocais, ou um calo, que nada mais é do que um nódulo provocado pelo atrito entre elas. O certo é ficar de ouvidos bem ligados para diferenciar uma aspereza vocal passageira, provocada por uma gripe ou algo assim, daquela que denuncia um problema mais grave –finaliza Tatiani. Procure um fonoaudiólogo para receber orientação quanto ao tratamento mais adequado ao seu caso ⌂.

Mastigando bem, perigo não tem!


Quando sabemos a razão de alguma coisa conseguimos realizar com muito mais vontade e facilidade, por isso é importante aprendermos um pouco mais sobre a mastigação, uma das dicas mais básicas de fonoaudiologia, mas que muitas pessoas ainda não seguem por falta de informação ou hábito. “Sempre ouvimos que precisamos comer devagar, mastigar bem os alimentos, de preferência 30 vezes, mas nunca entendemos o porquê. Como já sabemos (mas às vezes esquecemos), estômago não tem dente! Portanto é você quem deve ajudá-lo a digerir os alimentos desde a boca, já que a digestão do carboidrato, por exemplo, começa com a saliva!” refere Tatiani – fonoaudióloga que trabalha com reabilitação da mastigação e estética facial. Conforme a profissional a maioria das pessoas tem preferência mastigatória por um dos lados. “Há maior força e contração muscular do lado preferencial e menor do lado oposto, o que gera assimetria facial” garante. “Outro problema é que ao engolir os lábios são comprimidos para compensar a movimentação errada da língua”, afirma Tatiani, explicando que as contrações musculares causam pregas e sulcos. “Para que a mastigação seja benéfica, a dica é alternar a colocação do alimento, ora do lado direito, ora do lado esquerdo” diz a mesma. Para que esses padrões se tornem automáticos, é necessária a repetição consciente durante as refeições. Durante o tratamento da Fonoaudiologia Estética que dura 10 sessões, aprende-se a mastigar adequedamente, o que colabora não só com a face mas com a qualidade de vida do paciente, afirma Tatiani. “O tratamento leva o paciente a perceber seus abusos e hábitos musculares e a modificar suas funções inadequadas” conclui a especialista. Abaixo Tatiani enumera 10 razões extraídas do livro “Power Eating Program” de Lino Stanchich, para você se conscientizar da importância da mastigação.
01 - Melhora a Digestão.                                                  

É intuitivo. Quanto mais você mastigar e quanto menos tenso estiver na hora da refeição melhor será sua atitude de paz e alegria e melhor você digerirá e assimilará seu alimento.

02 - Desenvolve Paciência e Auto-Controle.

Se tiver disciplina nas refeições, terá mais disciplina em sua vida. Também desenvolverá maior paciência. Quando estiver impaciente, sentirá impaciência ao mastigar. Uma produz a outra. Mais mastigação produz mais paciência; mais paciência produz mais mastigação. Seu auto-controle se manifestará quando você conseguir esperar um pouco mais por sua gratificação com comida em vez de conseguir essa gratificação de imediato através de comportamento impulsivo. O prazer momentâneo que conseguimos ao ingerir alimentos nocivos desaparece rapidamente. Mas os efeitos negativos se farão sentir por um tempo muito mais longo.

03 - Reduz a Quantidade de Comida Desejada.

Quando mastigar mais, você necessitará de menos comida porque conseguirá extrair mais nutrição de seus alimentos. Ao diminuir a quantidade de comida, seu estômago diminuirá de tamanho. Hoje em dia existe uma cirurgia onde parte do estômago é costurada de modo que o paciente não possa mais utilizá-la. Se comer corretamente, você diminuirá o tamanho de seu estômago. Quando nossa saúde melhora, precisaremos de menores quantidades de alimentos.
Ao ingerir conscientemente alimentos saudáveis seu corpo se tornará mais firme e mais “enxuto”. Há indivíduos que não perdem peso, qualquer que seja a dieta que adotem. Os resíduos de alimentos parcialmente digeridos permanecem dentro do corpo. Depósitos de resíduos espessos e grudentos criam um bloqueamento para o fluxo de energia. Essa energia se torna, então, estagnada.
Entretanto, se seguir o princípio de matigar vagarosamente e ingerir alimentos saudáveis que equilibrem sua condição individual, de maneira natural atingirá seu peso ideal.

04 - Economiza.

Mastigando mais você ficará mais satisfeito com menos comida, e, portanto, gastará menos no supermercado. Além disso, sua saúde melhorará, reduzindo suas despesas com médicos e remédios.

05 - Reduz a Necessidade de Doces.

Pessoas que mastigam muito pouco constantemente precisam de doces com as refeições. Aqueles que mastigam bem e bastante os carboidratos complexos notam o sabor doce inerente a esses alimentos e frequentemente conseguem diminuir sua necessidade de doces. É importante para pessoas que sofrem de hipoglicemia ou diabetes e desordens relacionadas do pâncreas e do baço (os quais controlam o açúcar do sangue) mastigar bastante – 150 vezes ou mais. Esses órgãos processam os açúcares. Quanto mais mastigarmos, mais doces os alimentos nos parecerão. O sabor adocicado, juntamente com refeições sem tensões ou estresses, colaborarão para diminuir a necessidade de doces.

06 - Reduz o Máu Hálito.

Os odores do hálito provêm de diversas fontes. A maioria das pessoas que tem mau hálito crônico comem demais ou muito frequentemente. Antes de acabar a digestão de uma refeição já começam outra. Tomam lanches e “beliscam” entre refeições.

07 - Ativa as Glândulas.

A mastigação ativa todas as glândulas, desde a pituitária até a tiróide, o pâncreas, o baço e as gônadas. Os órgãos sexuais se tornam mais equilibrados. A glândula que sofre a maior mudança é o timo, o qual produz as células-T necessárias para o bom funcionamento do sistema imune. De acôrdo com o American Medical Dictionary, pesquisas indicam que o hormônio parotino, o qual é excretado durante a mastigação, aumenta a produção das células-T. A mastigação é essencial para pessoas com AIDS ou com qualquer doença degenerativa.

08 - Reduz a Ansiedade por Comida.

Há muitas pessôas com ansiedade por comida. Elas não conhecem a razão para tal ansiedade. Se você mastigar bem uma dieta saudável, aos poucos descobrirá que sua ansiedade por alimentos não saudáveis diminuirá. Você vai passar a se satisfazer com o que comer.

09 - Promove Rejuvenescimento.

A mastigação tem efeitos rejuvenescedores. Os indivíduos da comunidade Hunza dos Himalaias são conhecidos por sua longevidade e prática da mastigação. O Dr. Tomozaburo Ogata, professor da Escola de Medicina da Universidade de Tóquio, conduziu uma extensa pesquisa a respeito de rejuvenescimento. Essa pesquisa é mencionada no livro Natural Immunity, de Noboru Muramoto.
Noboru Muramoto diz que o Dr. Ogata descobriu que a mastigação revitaliza o corpo porque ativa as glândulas parótidas, localizadas em cada lado das mandíbulas, abaixo dos ouvidos. Quanto mais mastigarmos, mais ativas as glândulas se tornam, produzindo o hormônio parotin. Se a pessoa mastigar poucas vezes, o hormônio é engolido e destruido no estômago. Mastigando bem faz com que o hormônio parotin seja absorvido pelo sistema linfático. O hormônio renova as células, afetando o sistema endócrino glandular e rejuvenescendo o corpo inteiro.

10 - Aumenta a Eficiência: Gastando o seu tempo com mastigação você diminuirá o tempo necessário para terminar outras tarefas.
 Procure um fonoaudiólogo para receber orientação quanto ao tratamento mais adequado ao seu caso. Contato: Clínica Médica Biguaçu (48)32433232.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Como estimular a fala da criança?

Devo corrigir a fala de meu filho?

“Em primeiro lugar, use o bom senso e procure respeitar o ritmo da criança” refere à fonoaudióloga Tatiani explicando que não há fórmulas prontas, e que “cada criança tem um tempo particular para apreender aspectos mais formais da linguagem” afirma. A terapeuta ainda menciona que não adianta estressá-la com treinos descontextualizados, “o mais importante, sempre, é mostrar a criança que você é um interlocutor atento, interessado no que ela tem a dizer”. Segue abaixo algumas dicas e não esqueça: não deixe de ouvir a criança com atenção, com prazer e de trazer-lhe novas informações e desafios- conclui a fonoaudióloga.

14 DICAS PARA AS MAMÃES:

1)    Conversar de modo “correto” com a criança; Não imitar o modo infantilizado;

2)    Evitar corrigir a fala da criança;

3)    Falar em tom agradável na mesma altura (postura) e de frente para a criança; olhe para a criança com que você esta conversando, assim você mostrará que está atento, além de poder dar pistas das mensagens, facilitando a leitura labial por parte da mesma;

4)    Não atendê-la quando utilizar apenas gestos; pergunte a ela o que quer, ouça-a e atenda-a, repetindo a palavra corretamente;

5)    Propicie situações de conversas na qual a criança possa falar sobre suas experiências, ouça-a e não a apresse, demonstre interesse pelos seus assuntos, mesmo que a fala seja ininteligível (“enrolada”);

6)    Seja paciente com a criança, ouvindo o que a mesma fala, aproveitando para atribuir significado às emissões desta; disfarce quaisquer sentimentos de impaciência que a façam se apressar já que a sua impaciência pode acarretar um efeito negativo na fala da criança;

7)    Apesar de, em diversas situações, entenderem o que a criança deseja é importante os adultos deixarem que ela busque o que quer, para que a mesma possa pedir/solicitar ações através de vocalizações;

8)    Inclua sempre a criança nos diálogos. Acima de tudo, lembre-se de fazer contato pelo olhar e pela expressão facial;

9)    Ofereça materiais como: revistas, livros; para que ela possa manuseá-los, mesmo que ela ainda não saiba ler. Permita que a criança risque e rabisque;

10)    Não critique! É provável que a própria criança seja seu crítico mais severo;

11)    Conte e leia histórias em locais tranqüilos, sem competição sonora, caprichando nas articulações das palavras, na melodia da voz e na expressão facial;

12)    Não finja que esta entendendo. A criança certamente perceberá que você não está, e chegará a inevitável conclusão de que você não está interessado na mensagem dela. De qualquer maneira, se você não demonstrar que não está entendendo, ela não terá oportunidade de esforçar-se para ajudá-lo (a);

13)    Ofereça sugestões sobre o que você acha que foi dito. Isso deve ser feito com muito tato e cuidado, mesmo que, depois de algumas repetições você ainda não tiver entendido. Certifique-se de dar a ela a oportunidade de indicar se você entendeu ou não, corretamente, o que foi dito;

14)    Lembre-se de sorrir. Ao concentrar-se em todos os pontos acima mencionados, quando chegamos ao final, parecemos sérios e pouco amistosos. Esteja certo de estar passando as mensagens que você realmente deseja.

Contato Clinica Médica Biguaçu (48) 32433232.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Como ocorre o Desenvolvimento da Linguagem?

Segundo a fonoaudióloga Tatiani o ser humano já nasce com a necessidade de aprender uma língua para poder se comunicar com o mundo e assim, expressar suas idéias, emoções, desejos e opiniões. “Muito antes de nascer, a voz da mãe já impressiona o aparato auditivo do bebê, sendo um estímulo de tranqüilidade e conforto para a criança” – diz a terapeuta. Após o nascimento, a linguagem começa a ser adquirida através da interação com os pais e com o ambiente em que vive. É necessário que a criança seja estimulada, portanto converse, cante, relate, explore todos os momentos em que estiverem juntos. Conforme a profissional o desenvolvimento, dessa complexa função, ocorre espontaneamente e por etapas, existindo diferenças nas velocidades e estilos de aquisição, bem como, em diferentes culturas e línguas. Segue abaixo o que é esperado por idade:

0-3 meses: a criança distingue a voz humana de outros sons; produz sons representados por choro e sons de reflexos; inicia o balbucio, que vem a ser a repetição de sílabas sem significado funcionando como um treino dos órgãos da articulação.

4-5 meses: já percebe a qualidade do som ritmo, entonação e duração. Isso faz a criança compreender a situação sem, contudo, saber o que cada palavra significa.

7-9 meses: a criança apresenta uma variedade maior de sons, suas vocalizações vão se adaptando aos sons falados no ambiente familiar.

10-12 meses: surge a primeira palavra.

2 anos e 5 meses: o vocabulário aumenta muito, sendo capaz de expressar sentenças simples.

3 anos: a criança passa a entender a maior parte do que ouve dos adultos, fazendo uso de novas palavras e as utilizando para conseguir o que deseja.

4 anos: já é capaz de pronunciar adequadamente os fonemas (sons) de sua língua, sua fala está completa, devendo apenas aprimorar a linguagem.


O que é atraso de linguagem?



Um distúrbio de linguagem na criança, em geral, é determinado comparando-se o funcionamento de linguagem dessa com o da mesma idade que possui o desenvolvimento "normal". Os sinais de um distúrbio de linguagem mudam ao longo do tempo, uma vez que levamos em consideração o crescimento e o desenvolvimento das crianças. Contato (48) 32433232.
 

terça-feira, 10 de abril de 2012

Crianças com preguiça de mastigar podem ter problemas de fala


Muitos pais preparam a comida dos seus filhos batendo tudo no liquidificador porque dizem que eles só comem se tudo estiver bem mole. Vida boa é essa, hein? Saiba que essa preguiça de mastigar é prejudicial para a saúde do seu pequeno diz a fonoaudióloga Tatiani que trabalha com motricidade oral dos “pequenos”. Vamos explicar o porquê da bronca. Na maioria das vezes, a preguiça de mastigar acontece pela hipotonia dos músculos da língua, lábios e bochecha, isto é, a flacidez desses músculos. Essa flacidez traz sérios prejuízos principalmente na formação dos dentinhos e aquisição da fala. Os músculos flácidos não conseguem fechar os lábios e a criança começa a respirar pela boca. A respiração oral deixa ainda mais os músculos flácidos e a respiração nasal fica mais difícil
Como corrigir?
Os danos são perigosos, mas há meios de prevenção para a preguiça de mastigar. O melhor exercício até 1 ano de vida da criança é a amamentação no peito. Ao sugar a criança exercita a região oral. Com mamadeira ou chupeta, o bebê não necessita fazer força alguma. Ao introduzir novos alimentos, a mãe nunca deverá bater os alimentos no liquidificador. As papinhas devem ser amassadas no garfo e oferecidas para a criança para que se acostume com as diferentes consistências, texturas e sabores, ao erupcionar os primeiros dentes superior e inferior deverá oferecer pedacinhos de frutas, legumes, carnes, grão de feijão para a criança pegar sozinha e levar na boca.

Outras dicas – Estimule a criança a mastigar bem, para não engolir a comida inteira e correr o risco de asfixiar. Faça da hora de comer um momento de carinho. Ter hora para as refeições e sentar-se à mesa mesmo com o cadeirão devem ser hábitos estimulados desde pequeno. Comer em frente à televisão, música alta ou fazer brincadeiras na hora da comida pode distrair a criança que não mastigará direito. Com um ano e meio a dois a criança já está apta a comer a mesma comida do adulto, sem a mãe precisar amolecer ou amassar. Respeitando cada fase, a musculatura oral terá força para o bom desenvolvimento das estruturas faciais, como arcada dentária e mandíbula, facilitando assim a respiração nasal e a aquisição da fala. É importante acompanhar o desenvolvimento da criança, evoluindo a consistência dos alimentos de acordo com a sua capacidade de mastigação.
É comum encontrarmos muitas pessoas preocupadas com a qualidade da sua alimentação, procurando sempre informações sobre o assunto, mas raramente encontramos pessoas que se preocupem com a sua mastigação. O crescimento harmônico da face precisa de exercícios, e esses são dados pelas funções da mastigação potente, pela deglutição e respiração saudáveis. Alimentos fibrosos estimulam a mastigação, melhorando o crescimento das arcadas dentárias finaliza  a fonoaudióloga.

Não é bom saber disso tudo? Então bom apetite! Procure um fonoaudiólogo para receber orientação.